Serra do Vilarelho - Valpaços
Passeio de 1 dia
O ponto de encontro a seguir à ponte da Régua, na paragem. Fazer check in e seguir viagem pela A24 em direção a Vilarinho da Samardã. Saída para a N2 em direção a Vila Pouca de Aguiar, para o café da manhã. Dia de sol, excelente para curvar. Foi a primeira viagem da NT1100 Dct. Era hora de experimentar a nova "burra".
A estrada R 206 em direção a Carrazedo de Montenegro foi ótima. Por meio de uma floresta autóctone, e muitos mas muitas castanheiros, foi ótimo para me deliciar com a paisagem e com as curvas.
Carrazedo de Montenegro, que sobe quase oitocentos metros acima do nível do mar, encontra-se numa posição estratégica excelente, na medida em que se localiza equidistantemente de Valpaços, Murça, Chaves, Mirandela e Vila Pouca de Aguiar, usufruindo de uma situação privilegiada para o intercâmbio entre a terra fria e a terra quente. Esta circunstância aliada ao facto de ter sido cabeça de concelho e julgado medieval, possibilitou-lhe, ao longo dos anos, um desenvolvimento constante e continuado.
Para isso concorre também a fertilidade do seu solo, muito produtivo, devido às boas condições geomorfológicas existentes. Além do centeio, do trigo, do vinho, da batata, colhem-se ainda frutas variadas, com especial relevo para a castanha (que abunda). Castanha essa que representa, com efeito, um peso considerável na economia da região.
A mais antiga notícia sobre Carrazedo de Montenegro reporta ao ano 1155, mas é lícito supor que o povoamento desta freguesia seja remotíssimo. Tal infere não só da existência de um Castro, perto de Jou, que foi designado "Castelo de Montenegro", mas também da rica toponímia local.
De Carrazedo de Montenegro, seguimos pela estrada R206 que liga a Valpaços.
Localizada numa zona onde Celtas e Romanos deixaram as suas marcas, a região de Valpaços, situada em Trás-os-Montes, é uma zona de planalto, cortada por uma intensa rede hidrográfica. O clima é caracterizado por invernos muito rigorosos e verões muito quentes e secos.
Foi uma região muito povoada desde a pré-história, como demonstram os muitos vestígios megalíticos.
Valpaços está inserido também na sub-região do Alto Tâmega, composta por mais cinco concelhos: Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena e Vila Pouca de Aguiar.
Pertence a um território de belíssimas paisagens, ótima gastronomia, termalismo, riqueza cinegética, património histórico e etnográfico singulares…
A oferta gastronómica do Alto Tâmega é vasta e a sua qualidade unanimemente reconhecida. O mel, o fumeiro, o vinho, o folar, os pastéis, o presunto, os cogumelos, o cabrito, a carne barrosã e maronesa, o azeite, a castanha são hoje imagens de marca desta sub-região.
Com águas cristalinas e terapêuticas, vales pintados de mil e uma cores, montanhas onde o tempo guardou riquezas e segredos, um património vastíssimo, usos e costumes ímpares. A natureza pura…
Uma das paragens obrigatória é na praia fluvial do Rabaçal, a 8 km de Valpaços. Um lugar fabuloso para descansar. É uma praia totalmente acessível até ao leito do rio, através de passadiços em madeira, possibilitando assim o acesso a todas as zonas do rio com maior conforto, segurança e qualidade daquele espaço.
É lá que encontramos o Centro Interpretativo da Ecovia do Rabaçal, ponto de encontro das três rotas que fazem parte do percurso pedestre que lhe dá nome.
A Praia Fluvial do Rabaçal possui um extenso areal, a qual conta com a presença de nadador salvador nos meses de Verão. Possui serviço de bar, parque de merendas bem equipado, parque infantil, zona de lazer, chuveiros e balneários, entre outras comodidades como Hotspot Wi-fi, além de estar situada junto ao Parque de Campismo do Rabaçal.
Em Bouça, virámos a direita, fazendo a N315 em direção a Abambres, A4 que liga o Porto a Bragança. Saímos em Lamas de orelhão para um almoço merecido no restaurante da aldeia, "Rei de Orelhão". Optámos por comer o cozido transmontano e a vitela assada na brasa. Maravilha.
O regresso a casa foi feito pela N15 que liga o Porto a Bragança. Foi historicamente a principal via de ligação à região de Trás-os-Montes até à construção do IP4 e da A4.
Os dois troços mais conhecidos desta estrada são a travessia da Serra do Marão, conhecido popularmente como "Voltinhas do Marão" entre Gondar e a Pousada do Marão, bem como as chamadas "Curvas de Murça", na travessia do vale do Rio Tinhela entre Pópulo e Murça.
Fiquei surpreendido pela beleza da estrada, pelas excelentes curvas e pela paisagem. Para passeio e testar a mota, recomendo.
Chegados a Vila Real, hora de abastecer "a burra", e hidratar com uma fresquinha que o calor apertava. O regresso a casa foi feito pela A24, para apertar com a máquina na subida desde o Peso da Régua até Bigorne. Excelente condução em auto estrada.
Deixo mais uma sugestão de passeio de mota para um dia bem passado. Um total de 300 Km.
Que Deus abençoe a vossa estrada.